O SISTEMA SOLAR O
Sol, nossa estrela. Nosso Sol inspirou a mitologia de quase todas as culturas, incluindo os antigos egípcios, os astecas, os indígenas norte-americanos e os chineses. Sabemos agora que o Sol é uma esfera imensa e brilhante com cerca de 4,5 bilhões de anos de idade, composta primordialmente por gás ionizado, e é a estrela mais próxima da Terra, a uma distância de cerca de 150 milhões de quilômetros. A estrela vizinha, por ordem de distância, Proxima Centauri, fica 268 mil vezes mais longe. Existem milhões de estrelas semelhantes na Via Láctea, a nossa galáxia, e bilhões de galáxias no universo. Nosso Sol sustenta a vida na Terra. Propele a fotossíntese nas plantas e é a fonte primária de todos os alimentos e combustíveis fósseis. A conexão e a interação entre o Sol e a Terra movimentam o ciclo das estações, as correntes oceânicas e o clima. O Sol tem massa cerca de 333,4 mil vezes maior que a da Terra, e contém 99,86% da massa do sistema solar como um todo. A estrela se mantém concentrada devido à atração gravitacional, produzindo temperatura e pressão imensas em seu núcleo (mais de cinco bilhões de vezes superior à da atmosfera terrestre, com uma densidade 160 vezes maior que a da água). No núcleo, a temperatura é de 16 milhões de graus kelvin (K), o suficiente para sustentar reações de fusão termonuclear constantes. A energia liberada impede o colapso do Sol e o mantém em forma gasosa. A energia total irradiada é da ordem dos 383 sextilhões de kilowatts, o equivalente à energia gerada por 100 bilhões de toneladas de TNT explodindo a cada segundo. Além do núcleo solar, produtor de energia, o interior da estrela é composto por duas outras regiões distintas: uma zona radiativa e uma zona de convecção. Dos limites do núcleo para fora, passando primeiro pela zona radiativa e a seguir pela zona de convecção, a temperatura do Sol decai de oito milhões de graus kelvin para 7.000 K. São necessárias algumas centenas de milhares de anos para que os fótons escapem do núcleo denso e atinjam a superfície. A "superfície" do Sol, conhecida como fotosfera, é apenas a camada visível, de 500 quilômetros de espessura, da qual a radiação e a luz do Sol enfim escapam, e é o lugar na qual localizamos as manchas solares. Acima da fotosfera está localizada a cromosfera ("esfera da cor"), que pode ser vista por breves períodos, durante os eclipses solares, como um aro avermelhado, causado por átomos quentes de hidrogênio, em torno do Sol. A temperatura aumenta constantemente, com a altitude, até os 50 mil graus kelvin, enquanto a densidade se reduz a um grau 100 mil vezes menor que o da fotosfera. Acima da cromosfera localiza-se a corona ("coroa"), que se estende do Sol em direção ao espaço na forma de "vento solar", atingindo os limites do sistema solar. A corona é extremamente quente, atingindo temperaturas da ordem dos milhões de graus Kelvin. Já que é fisicamente impossível transferir energia térmica da superfície do Sol, mais fria, para a corona, muito mais quente, a fonte do calor da corona vem sendo um mistério científico há mais de 60 anos. Os cientistas acreditam que a transferência de energia teria de acontecer na forma de ondas ou de energia magnética. Prováveis soluções emergiram de recentes observações pelos satélites SOHO e TRACE, que localizaram indícios de transferência de energia magnética da superfície do Sol para a corona, acima. Os pesquisadores do projeto de ciência espacial Conexão Sol-Terra, da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) norte-americana estudam esses misteriosos fenômenos.
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- Wilson Guerra
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