ÔNIBUS
ESPACIAIS Desde o lançamento do satélite Sputnik pela União Soviética, russos e norte-americanos disputaram o domínio militar do espaço. A astronáutica nascia e cada vez mais tecnologia era empregada nesta nova empreitada bélica. Com a ida do primeiro homem ao espaço, o soviético Yuri Gararin, iniciou-se a era das espaçonaves tripuladas em formato de cápsulas descartáveis. Os soviéticos, ainda pioneiros, com a cápsula espacial Vostok. Os norte-americanos, algum tempo depois, com as cápsulas Mercury. O "space shuttle" dos EUA No começo da década de 80 os norte-americanos colocaram em prática um projeto de uma espaçonave diferente das cápsulas, que não fosse descartável, e pudessem ser reutilizadas em outras missões. Nascia assim o Ônibus Espacial. Em 1981, os Estados Unidos apresentavam ao mundo sua frota de quatro ônibus espaciais, divulgados pela mídia pela expressão inglesa "space shuttle": Atlantis, Challanger, Columbia e Discovery. O Columbia foi o primeiro a orbitar a Terra.
O ônibus espacial é, de longe, o veículo que emprega mais tecnologia no mundo. Resumidamente, é um aeroplano, lançado por um enorme foguete propulsor descartável, que depois de concluída sua missão em órbita, retorna à Terra como um planador, podendo aterrisar em uma pista de aeroporto convencional. A nave parece um "avião-foguete" preto e branco, com 37 metros de comprimento, 17 metros de altura e asas triangulares de 23 metros de base. Os tripulantes ficam numa cabine pressurizada dianteira, que suporta até 7 astronautas e possui 74 m3 de volume interno dividida em dois andares. O compartimento de carga tem 18 metros de comprimento e 4,5 metro de altura, com um teto que abre-se por duas portas compridas de uma ponta a outra deste compartimento. Pode carregar 26 toneladas de carga ao espaço, mas não pode superar 14 toneladas na reentrada à Terra.
A causa do acidente tinha sido o excessivo resfriamento de anéis de contenção dos tanques de combustível líquido, que causou enfraquecimento na sua rigidez. Fissuras surgiram nestes anéis e, durante a intensa trepidação do lançamento, não resistiram e romperam juntamente com os tanques de combustível.
As causas do acidente foram o desprendimento de algumas placas de proteção térmica no casco inferior da nave. Elas protegem o veículo da infernal temperatura de reentrada, que pode chegar facilmente aos 2.000 graus célcius. Sem a proteção, o gás atmosférico superaquecido em forma de plasma penetrou pelos pontos danificados, invadindo regiões internas da nave e alterou sua aerodinâmica, fazendo-a perder o controle. Todo o programa espacial norte-americano foi interrompido. Os outros 3 ônibus espaciais restantes passaram por modificações. A Estação Espacial Internacional passou a ser suprida e ter sua tripulação substituída apenas por missões com as cápsula Soyuz e Progress, da Roskosmos, a agência espacial russa. A Nasa retomou os vôos dos ônibus espaciais em 2005 com o Endeavour. A missão foi bem sucedida, mas alguns problemas detectados ainda em órbita a fez interromper novas missões. Mais uma vez, coube à Rússia centralizar as operações de transporte humano e logístico à Estação Internacional. Buran, o ônibus espacial soviético Com o space shuttle em funcionamento, a União Soviética iniciou secretamente, no começo da década de oitenta, a construção de um ônibus espacial semelhante ao dos norte-americanos.
Por pressão dos setores militares, o Buran teve seu vôo inaugural em 15 de novembro de 1988, na verdade para coincidir com a retomada dos vôos da nave americana, que havia sido interrompida depois do acidente com o Challanger. Como seu sistema de suporte de vida não estava totalmente completo, entrou em órbita sem tripulantes, num vôo totalmente automático, único do gênero já ocorrido na história da astronáutica. Deu duas voltas ao redor da Terra e pousou suavemente a apenas 300 metros do local previsto, o que confirmava a precisão e confiabilidade de seus sistemas automáticos. Outros 9 veículos semelhantes ao Buran estavam programados para fazer parte da frota espacial comunista.
O futuro Com o fim do União Soviética e da Guerra Fria, a tecnologia espacial começou a ser usada de maneira mais racional, científica, comercial e, principalmente, mais econômica. Veículos reutilizáveis menores, porém mais versáteis e baratos que os ônibus espaciais atuais começaram a ganhar interesse das agências espaciais norte-americana e russa.
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- Wilson Guerra
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